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Not To Play.

31.10.06


posted by SCS
outubro 31, 2006

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I believe in the message
I believe in the power of pray
I believe in the future
I believe in the spiritual world

I believe we can achieve it
I believe there's something wrong
I believe there's too much for few
I believe it last for too long

I believe in the power of people
I believe in destiny
I believe in evolution
I believe in what I see

I believe the human body
I believe the mind is free

I believe there's too little for many
I believe in what I see

I believe that's not the end
I believe we can speak with them
I believe in the connection of worlds
I believe in telepathy

posted by SCS
outubro 31, 2006

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photo às 17.00


Bato o portão da Escolinha com um arfo que sopra desencanto e saturação.
A caminho da Baixa Velha na tentativa de salvar parte do peito neste dia percebo que me esqueci do telemóvel perdido nos papéis.
O sentimento foi instintivo e inequívoco.
Liberdades.
Estaria sozinha.
Sem interrupções ao pensamento.
Sem refúgios.

ou fugas ao que sinto.
Sem falar.
Ou escrever-me a alguém.
Ou ter de contar,

a ninguém.

Bato perna porque gosto de não saber para onde vou.
Porque posso.

Tenho esta estranha sensação de não ver as ruas da forma como as via antes de Maputo.
Tudo me aparece sob novo enquadramento,
sentimento,
desprendimento.




Encontrei-o a cantar sentadito, em Cedofeita.
Encontramo-nos sempre pelas ruas da cidade.
É habitual conquistar-me o cantarolar com o alinhamento que escolhe para falar com quem passa.
Bato-lhe palmas.
Se um dia destes por ele passarem e, mesmo ali ao lado, estiver uma mulher sentada a escrever,
não se admirem.
Devo ser eu.

Gosto do timbre em que me fala.
Muito embora os olhos me falem de vícios que percebi ter de fugir por correr o grande risco de gostar de me viciar.
Bato com tudo hoje em dia.

E acho que está para chegar o clik moment de bater-lhe à porta e perguntar

is anybody out there?


posted by SCS
outubro 31, 2006

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Ai.

30.10.06




PhotoPauso.
Jet Leg Emocional.

posted by SCS
outubro 30, 2006

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Sunday Secret.

29.10.06



Inventem-se novas palavras.
Novas ruas.
Novas caras.

Inventem-se novas posturas.
Novas tranças.
Alongadas.

Inventem-se novos cenários.
Novos escárnios.
Novos plágios.

Inventem-se novos eu's.
Ou descubram-se, de uma vez, os que já foram semeados.

posted by SCS
outubro 29, 2006

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To Play. Or not To Play.

posted by SCS
outubro 29, 2006

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Porque há Café. & Caffeé..

Numa Cozinha.
Micro-ondas.
Chaves. Anel. Conta Água.
Máquina do café.
Isqueiro. Folha A4. Dobrada.
Experiência de ontem à noite.


- Bife com Molho de Café -

Dificuldade: Fácil. Ideal para amantes de café.


Ingredientes para quatro pessoas:
4 bifes do lombo de vaca
2 bicas
2 dentes de alho
2 dl. de natas
2 folhas de louro
margarina
1 colher (de café) de açúcar
sal e pimenta. qb


Temperam-se os bifes com os dentes de alho laminados e as folhas de louro.
Coloca-se uma frigideira ao lume com a margarina e fritam-se os bifes na margarina quente.
Em lume forte.
Retiram-se os bifes mal passados e temperam-se com sal e pimenta moída no momento.
Juntam-se as natas à margarina mexendo até começar a borbulhar.
Misturam-se as bicas e mexe-se até apurar.
Juntam-se novamente os bifes e deixam-se acabar de fritar.
Retira-se do lume.
Servem-se acompanhados de puré de batata, arroz branco, ou uma salada e batata frita.

Roubei a receita de cima da máquina do café para a poder transcrever como a photo que guardo ao dia. Devolverei. Mas existe qualquer coisa de muito secreto nisso do instinto do momento do dia. Que não pode jamais ser perguntado.
Gosto de gente que não pára.
Que se reinventa numa sexta feira à noite porque é constante isso de, por capricho, só e sempre hoje lhe apetecer fazer qualquer diferente.

Pessoalmente, sugiro:

Tentar perceber em que momento se adiciona a tal colher de açúcar.

Substituir margarina por azeite.

Substituir nata por leite de coco.

Acrescentaria ao alho laminado e à folha de louro, raspa de noz moscada.

E seguramente um quarto de pau de canela.

A pimenta? Rosa e preta.

Serviria com arroz. Mas Basmati.

E uma salada sim, mas talvez de cenoura raspada e agrião.

Muito provavelmente no último andar de um prédio que tivesse vista para o Rio.

Janelas caixilho de madeira.

Lacadas. A cru.

Continuo a não saber escolher Tintos.

Podes escolher a música.

Continuo a não gostar de bife frio.

A vista?

Para o Danúbio.

posted by SCS
outubro 29, 2006

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Fruta da Época.

27.10.06



Fui atravessada por uma nuvem compacta de fumo da qual não me consegui desviar.
No momento em que expilo o ar, para dar continuidade a isso de respirar, vejo sair da minha boca outra nuvem de fumo.

Olho para trás e, já em ally mcbeal gargalhada, vejo-me no seguinte diálogo.

- Quer castanhinhas, menina?
- Não, muito obrigada, acabei de as provar!

posted by SCS
outubro 27, 2006

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photo de phérias.


Lourenço Marques. 1966.
Maputo. 2006.

posted by SCS
outubro 27, 2006

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photosíntese.


Deve fazer-se acompanhar pelas Quatro Estações.
Ou de quatro partes de qualquer coisa que sintas como tua.
Ou minha.

De quatro passos que te pedem para dar.
Quatro voltas sobre o que reconheces como teu.
Ou meu.

Ou apenas como quatro esticões que puxas ao corpo para te libertares.
Ou, claro está,
para me libertares.


posted by SCS
outubro 27, 2006

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25 de Outubro, 1881.

25.10.06


Gosto de homens que se deixam mover pelo absoluto da destruição,
que não temem o outro, ou o próximo.
Gosto habitualmente da sua determinação.

Gosto de homens que mudam o pensar de um país,
que não calam o que lhes grita dentro.
Gosto de homens que pintam nem que seja a giz.

Gosto de homens que se apaixonam por uma sensação,
que se experimentam em novas cores.
Gosto de homens que riem à sua própria revolução.

Gosto de homens solitários.
Só instintos.
Dos precários.
Com cariz.

Daqueles que nos sabem fazer perder nas horas,
que nos vinculam ao que não se diz.




Obrigada pela Obra.
Inspirada.
Inalada.
Instalada.
www.picasso.fr

posted by SCS
outubro 25, 2006

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Correspondência Interna.


Porque pertenço à raça
daqueles que mergulham de olhos abertos
E conhecem o abismo pedra a pedra,
anémona a anémona, flor a flor.

Bom estalo, Sophia.

posted by SCS
outubro 25, 2006

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photo actualíssimus.

24.10.06


Lá está.
Percebo.

Obrigada pelo dia, Alice.
E por andares comigo Rua do Almada Acima,
Rua do Almada Abaixo,
na procura disso da nossa vida.

Maria O.

posted by SCS
outubro 24, 2006

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To Play or Not To Play..!?

posted by SCS
outubro 24, 2006

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Again, Sam.


Quando vieres para a cama não te esqueças de apagar a luz da sala.

posted by SCS
outubro 24, 2006

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Abri muito a Boca. Incrédula.

23.10.06


"Compra a Visão que está nas bancas."
Acaso?
Sintonia?
Mistério..
Energias!

posted by SCS
outubro 23, 2006

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22 de Outubro. RTP1. 23h20.

Nem de propósito!
As coisas caem-me à frente.

Para rever.
Com tanto mais que agora tenho dentro!

posted by SCS
outubro 23, 2006

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Fui Ali e Já Voltei.

21.10.06



Photopauso.
Porque sim.

posted by SCS
outubro 21, 2006

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Mala Postal a luis feliciano monteiro, desenho animado.

13.10.06


O que as minhas Amigas nao fazem por mim...

posted by SCS
outubro 13, 2006

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Maputo. Outubro, mas de 64.

8.10.06


O tempo aqui esta a passar as seis da manha.
Tenho o Sol a nascer na janela a minha frente.
Nao conheço conjugaçao de palavras que lhe definam a cor.
Tenho aqui um mundo novo para aprender a escrever.

Foram tantas as photografias que tirei ao meu dia que nao tive espaço, tempo ou intervalo mental para me sentar a tentar aprender a escreve.las.
Nao so todo o episodeo que gerou o Arcebispo de Maputo,
Franciscano muito Assis,
sentado no aviao ao meu lado,
ou como a minha entrada no aeroporto
depois do meu nome na placa de uma mao,
até ao virar de cabeça que um homem a cantar Blues me arrastou.

Nao sei se pelas cores coloridas de preta assumida,
se pelo design familiar em que esta Cidade me aparece,
ou pelo poro preto da pele,
pelas linhas dos maxilares esculpidas,
por um andar que marca sempre dois compassos de musica,
um arrastar,
um arquear..
olha, isto sim, um gingar...

De todos os cenarios televisivos de Africa em que somos embalados e em que me preparei para encontrar pelas ruas de Maputo, nao tinha imaginaçao suficiente para perceber que aqui corremos o grande risco de Gostar.
De querer ca dentro.
De dar contigo a gingar...

Percebi finalmente e em dezassete horas de pes nesta terra o que queria toda a gente dizer.me com tenho medo que nao voltes.
Percebi.
Mas so agora.

Hoje reconheço.lhe o privilegio.
Vi.lhe a magia.
Arquitectura de 64, para mim de 2004.
Este caril. Tudo contado a mil.

E apenas hoje tambem percebo que não sou Mulher talhada dessa sorte...
Vou agora finalmente tentar descansar,
so para ver se é mesmo aqui que amanha me vejo a acordar.

posted by SCS
outubro 08, 2006

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Chegada a Maputo.

7.10.06


posted by SCS
outubro 07, 2006

2 bilhetinhos

When I come to the clubs, step aside
Pop the seeds, don't be hating me in the line
V.I.P because you know I gotta shine
I'm SCS
And me love you long time

All my girls get down on the floor
Back to back drop it down real low
I'm such a lady but I'm dancing like a h*
Because you know what, I don't give a f*
So here we go!

How come every time you come around
My London London Bridge
wanna go down
Like London London London
Wanna go down like
London London London
Be going down like
Drinks start pouring
And my speech start slowing
Everybody start looking real good

The Grey Goose got the girl feeling loose
Now I’m wishing that I didn't wear these shoes
It's like every time I get up on the dude
Papparazzi put my business in the news
And Imma get up out my face
Before I turn around and spray your ass with mace
My lips make you want to have a taste
You got that?
I got the bass!

How come every time you come around
My London London Bridge wanna go down
Like London London London
Wanna go down like
London London London
Be going down like

posted by SCS
outubro 07, 2006

2 bilhetinhos

Vou Ali e Já Venho.

6.10.06


Photopauso.
Estou a Viajar.

posted by SCS
outubro 06, 2006

2 bilhetinhos

To Play or Not To Play..!?

posted by SCS
outubro 06, 2006

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Again, Sam.

Aparece agora como mais um ritual das minhas noites o Gigante que fumo na janela do Vira Vento antes de me sentar a escrever.
É inflamado por expectativa porque amanhã não é aqui que durmo, que o fumo ou que me penso.

Imperioso Virar hoje com outro Vento e passá-lo para uma janela voltada a Sul.
Ao hemisfério Sul.
Corro-lhe a persiana porque nunca gostei ninguém de olhos vendados e apanhamos uma esmagadora Lua de Luz, mesmo aqui, a descer ao nosso lado..
Prata no Preto.
Noite que percebo.
Falei com Ela, como tolos falam para coisas, e pelo que percebo conhece os meus segredos e medos como não deixo ninguém.
Amanhã falo com ela em noite Cheia de Estreia, lá do avião.
Sei que me virá visitar, nem que seja por uma frincha ilegal de janela.
E virá com uma disponibilidade em ouvir-me falar como só encontrei em quem me amou como vadia, insana e madrugadora.


Temos sempre qualquer coisa em comum
com os tolos com quem falamos...

posted by SCS
outubro 06, 2006

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photografo a dois com o Caderno de Viagens.

5.10.06


Começar um Caderno nunca foi fácil,
quanto mais este, que vai comigo a África!

Oferecido com apego e alento,
por amigos que me leem no Vira Vento.

É aqui que me lanço o desafio,
de apontar o que vou sentindo
pela minha vida por um fio.
Nele quero poder encontrar
o fiel caminho para lá voltar.

A Lista de Férias desta vez abre com linhas aéreas.

. bilhete de avião
. passaporte
. caderno e caneta, sempre à mão

. protectores solares
. repelentes
. não esquecer, desta vez, a pasta dos dentes

. pouca roupa
. verniz vermelho
. sempre que possível olhar-me ao espelho

. rolos para a máquina manual
. papel para escrever uma bela mala postal

. uma folha de aloé vera
. o perfume da primavera

. pulseiras no tornozelo
. os meus ganchos do cabelo

. vestido branco
. sandália tamanco

. dobrar num papelinho o desejo
. de me ver num outro beijo

. música que cheire a discos
. papel reciclado para sarrabiscos
. três livros, para não correr riscos

. mia couto, jorge amado e o steinbeck para descontextualizar!

. uma fotografia do meu pai
. que tenha sido enviada de lourenço marques
. daquelas assinadas para a minha mãe
. repletas de deliciosos disparates

. o curriculum imaculadamente impresso
. desta vez, não chega lá pelo Expresso

. reinventar noções como:
de me perder para me encontrar

. ousar aprender, crescer e experimentar
. só assim, em consciência, podemos voltar

. tenho o corpo, num todo, a tremer
. confesso que ainda não consigo acreditar

. um galo já chama pelo amanhecer
. e eu no Sótão, imagina!, a dançar...
(se de alguma coisa te estiveres a lembrar,
deixa no comentário para eu levar)

posted by SCS
outubro 05, 2006

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Photo de Phérias. Um.

Curiosa a vida e como ela nos aparece para ser vivida, não!?

Estava eu embalada, nessa minha corrente ingenuidade, a pensar que quando finalmente entrasse de férias desses empregos de sustentos abriria muito mais espaço para me escrever.
Ora bolas, redondamente enganada eu estava!!
Foram tantos os lugares a ver,
as conversas a ter,
as ruas a percorrer,
as tarefas a fazer, que escrever.. só recados!
Sinto-lhe falta, como depois de três directas se tem de uma cama.
Mas aquilo que aprendi nestes dois últimos dias que vivi, fez-me perceber que qualquer viagem tem de ser tacitamente conquistada.

Hoje de tarde roubei um sorriso a uma mulher loira e emperiquitada que me ofereceu no fim do braço o meu passaporte,
a minha legalidade para sair daqui para fora.
Parei a olhar o bloco com cores de Baco e o meu nome assinado em determinado traço.
Mesmo ao lado, contornos do descoberto Camões e do Pessoa de tantas multidões.

Quando levantei os olhos tinha, mais uma vez, uma mulher. Prostrada. Abriu a boca em esforço para me perguntar para onde ia.
Duas de letra pelo meio das formalidades de caneta quando me prendo num “Ui.. África!” como quem lembra algo que ainda a sustenta.
Mil alarmes accionados.
Levantou-se para se despedir, estendeu-me a mão e sorriu-me desejos de grande viagem. Abandonei o Governo Civil com o corpo a tremer,
arritmado.
Disparado.

A energia dos corpos com que esta viagem me cruza colide sempre neste ponto.
Na tranquila validação da grande viragem dos trinta.
Sei que um dia vou olhar para estes textos e que os meus olhos vão lembrar fui tão feliz aqui.

Porque sou.
Porque estou.
Porque me assumo,
porque me atrevo.
Porque partilho,
porque o escrevo.
Porque me prendo e arrepio.
Porque me orgulho e me conquisto.
Porque a vida só faz sentido se for vivida.
Com todos os riscos de pela ginga da anca ser sentida.

posted by SCS
outubro 05, 2006

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Photo de Phérias. Zero.

4.10.06


Estou irreversivelmente de férias.

Colhi despedida de beijos, abraços e desejos de Grande Viagem.
De Grande Viragem.
Gosto de trabalhar numa Escola.
Gosto dos berros, da correria, dos vidros partidos à bola.
Gosto daquela vida. Assim, tão vivida.
Gosto das meninas e de como se juntam em segredos.
Gosto dos meninos que nos fazem pensar ‘estafermos’.

Gosto do bem maior que nos sentimos servir,
gosto de discretamente intervir,
gosto até daquilo que acredito que, um dia, vou fazer explodir.
Gosto do que se troca no espaço entre a gente que também gosta.
Gosto até do carinho, muito anti profissional.
Gosto da minha vida analisada ali, pelo beiral.
Gosto da cumplicidade que se encontra nesta Cidade.
Gosto do grito à injustiça, mesmo que ele me seja desabafado em tom baixo e amorfo. Gosto daquela gente rija.
Gosto de com elas partilhar alguns textos. Gosto daqueles festejos.
E gosto muito dos dedos em que me torcem.
Dos delírios que me tecem.
Do mau humor que me aguentam.
Das músicas, gargalhadas e teorias em que me lembram.

Gosto da nossa luta.
Obtusa.
Gosto de como nada lhes escapa da matilha tão malvada.
Gosto de como me despertam para os riscos de gente não amada.
Gosto dos momentos de descompressão, de pura libertação.
Gosto de correr riscos e de lhes lançar desafios.
Gosto de lhes direccionar a raiva, para o local onde ela paira.
Gosto muito de os fazer acreditar que tudo isto, um dia, vai mudar!

Bati hoje o portão da Escolinha com a determinação de que tudo que nela tanto me incomoda, aflige e devora lá ficará fechado até à minha volta.
Bati o portão da Escolinha com a determinação de me recuperar.
Para... garantidamente a ela saber voltar.
Há uma luta para ser travada.
E, desta vez, não vou ser eu a ser levada!

A todas elas o meu sopro, em jeito de vento virado, de desejo grande esforço que será recompensado.
Todas juntas a rir.
Porque uma Escola é um lugar para progredir.

posted by SCS
outubro 04, 2006

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Domingo. Só segredos.

1.10.06


Sótão apaziguado em velas.
Pelo ar, chocolate e canela.
Gosto do momento em que sopro a chama do pau de incenso porque já o acredito ardendo. Gosto do movimento.
Induzi ao espaço tranquilidade.
Tentei, pelo menos. E ao tentar encontro mais de metade do ganho.
Em retorno.


O espanta espíritos que construí como desafio roda sobre ele mesmo e balança luas, estrelas, pedras, missangas, pérolas e brilhos de céu nocturno, todos suspensos na estrutura de um guarda chuva.

Fiquei ali horas hoje, a vê-lo por baixo, a perceber-lhe os enredos enquanto me livro de tanto cansaço que nem sei onde pôr o meu braço.

Há já dois dias atrás ouvi uma frase daquelas que se prolonga e arrasta pelo impacto que sentes no momento em que ela é posta no ar.


Por mim, voltas.’

Dita distraída. Absurdamente irreflectida.
Perdida
no meio de conversas que cuspimos sem sequer conseguirmos lembrar do que estávamos a falar.
Lembro da postura do corpo,
de como se fechou no tronco.
E não entendo.
Não entendo isso que se passa em certos homens,
ou das frases que lhes saem pela boca fora.
Como se não ouvissem o que dizem.
Estourados.
Descuidados.

Ou então não entendo a minha própria cabeça por se perder em eco de três palavras não pensadas que me deixaram parada. Gelada. Encantada. Apavorada.
Não entendo que tantos cuidados são esses que preciso ter por não saber o que frases assim querem dizer.

Mas se me perguntassem em segredinho,
respondia baixinho.
Foi frase dita a dedo de Amélie.
Porque em reacção, sorri.

posted by SCS
outubro 01, 2006

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Aqui só tu tens segredos.

Se a magia fosse parte da minha arte
soprava a minha vontade
e plim
nem daqui a uma hora
via-te entrar por esta porta.
Não, agora.
Livrava-te de tantos cansaços,
dos tapetes arremessados.
Lançava-me em abraço.
Ao teu nó tirava o laço.
Por favor, levem-me em recado.

posted by SCS
outubro 01, 2006

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