A foto da Marilyn salta-me em pop-up cerebral. Olha para mim, em desafio.
Conheço-lhe a inquietude,
o pedaço de peito insatisfeito,
indeciso,
preso em auto balanço para apurar
afinal
qual o preço a pagar pela forma como queremos viver os enlaces.
O que deles queremos sorver.
.
.
Este é um dos moinhos que tenho na Apúlia. São quatro ou cinco seguidos nas dunas. Nada na Apúlia parece ter sido deixado ao acaso. E se me perguntassem hoje, sei com quem queria dormir num deles. De preferência numa noite como a que não me deixou dormir hoje. Numa noite de Vento de Norte. Aquela fortíssima Nortada que só o Chocolat explicou ao mundo como a sinto nas praias do norte. Todas as pessoas que conheço fogem da praia, acham ser desagradável. Eu sei o fácil que é chegar-me ao peito. E não arranjo forma de me proteger disso de me apaixonar em menos de dois segundos, fazer as malas e experimentar viver outra Vila dentro da minha Vida.
Minada estou.
Declaro-me dangerous ground.
Reservo patente ‘Jantar na Varanda à Luz de Lua Garantidamente Cheia’ para um homem que nem o meu número de telefone se lembrou de pedir.
Mas a verdade é que gostava de o ver por lá, num fim de tarde sem noção alguma de horas. E era com ele que queria ficar na praia até o frio decidir desligar o rádio transistor de discos pedidos e publicidade local, enquanto o Sol baixa e tinge todas as cores primárias de amarelo.
Ora, ora!
Mulheres bem comportadas não ficam na História.
Pelo norte, Marilyn, andam ventos de norte.
Ora te agitam em agonia e receios, ora te acalmam na clarividência que nada tens e que, mais uma vez, vais ter de te mudar.
A História engoliu-me.
As histórias engolem-nos sempre.
Cala-te, Marilyn! Mulheres tão fantásticas, tão maduras e ainda me vais explicar como nunca aprendemos nós a proteger o peito.
Embrulha os teus dez dedos e torce para que nem tudo na Apúlia se proteja de acasos.
Se pensarmos bem percebemos claramente que o mais difícil na nossa História é encontrar alguém a quem entregar as costas, em aconchego, para adormecer.
Dá um sopro ao meu Vento de Norte.
Leva-o até lá, à tardinha.
E fica-me a sorrir por não ter protegido o peito.
O canto da minha boca foge-me para cima sempre que me lembro que não quiseste saber do teu.
Conheço-lhe a inquietude,
o pedaço de peito insatisfeito,
indeciso,
preso em auto balanço para apurar
afinal
qual o preço a pagar pela forma como queremos viver os enlaces.
O que deles queremos sorver.
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Este é um dos moinhos que tenho na Apúlia. São quatro ou cinco seguidos nas dunas. Nada na Apúlia parece ter sido deixado ao acaso. E se me perguntassem hoje, sei com quem queria dormir num deles. De preferência numa noite como a que não me deixou dormir hoje. Numa noite de Vento de Norte. Aquela fortíssima Nortada que só o Chocolat explicou ao mundo como a sinto nas praias do norte. Todas as pessoas que conheço fogem da praia, acham ser desagradável. Eu sei o fácil que é chegar-me ao peito. E não arranjo forma de me proteger disso de me apaixonar em menos de dois segundos, fazer as malas e experimentar viver outra Vila dentro da minha Vida.
Minada estou.
Declaro-me dangerous ground.
Reservo patente ‘Jantar na Varanda à Luz de Lua Garantidamente Cheia’ para um homem que nem o meu número de telefone se lembrou de pedir.
Mas a verdade é que gostava de o ver por lá, num fim de tarde sem noção alguma de horas. E era com ele que queria ficar na praia até o frio decidir desligar o rádio transistor de discos pedidos e publicidade local, enquanto o Sol baixa e tinge todas as cores primárias de amarelo.
Ora, ora!
Mulheres bem comportadas não ficam na História.
Pelo norte, Marilyn, andam ventos de norte.
Ora te agitam em agonia e receios, ora te acalmam na clarividência que nada tens e que, mais uma vez, vais ter de te mudar.
A História engoliu-me.
As histórias engolem-nos sempre.
Cala-te, Marilyn! Mulheres tão fantásticas, tão maduras e ainda me vais explicar como nunca aprendemos nós a proteger o peito.
Embrulha os teus dez dedos e torce para que nem tudo na Apúlia se proteja de acasos.
Se pensarmos bem percebemos claramente que o mais difícil na nossa História é encontrar alguém a quem entregar as costas, em aconchego, para adormecer.
Dá um sopro ao meu Vento de Norte.
Leva-o até lá, à tardinha.
E fica-me a sorrir por não ter protegido o peito.
O canto da minha boca foge-me para cima sempre que me lembro que não quiseste saber do teu.
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