<meta name='google-adsense-platform-account' content='ca-host-pub-1556223355139109'/> <meta name='google-adsense-platform-domain' content='blogspot.com'/> <!-- --><style type="text/css">@import url(//www.blogger.com/static/v1/v-css/navbar/3334278262-classic.css); div.b-mobile {display:none;} </style> </head><body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d31012094\x26blogName\x3d\x27\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://viravento.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttps://viravento.blogspot.com/\x26vt\x3d-7147497518184499159', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

29, em Setembro.

30.9.06


A photo que guardo ao dia é de um enquadramento.
Daqueles instantes em que vemos uma imagem que rapta a nossa atenção e a leva para um país do qual desconhecemos latitudes.

Um texto que escrevi está pendurado numa parede que, desta vez, não é minha.
Mesmo ao lado de quadros circulares de uma Exposição de Pintura levada a cena por mais uma daquelas mulheres com que me cruzo na vida sem saber explicar porquê.

E entre tentativas de organização do espaço para impor um sentido à Exposição, para a expor, vi o meu texto através de um reflexo de espelho a ser segurado apenas por um mão.
Parei.
Parede lisa.

Branca.
Nem uma brisa passava pela minha anca.
E o meu texto apoiado em contra mão.

Senti que quando temos mãos que se agarram aos nossos pretextos qualquer coisa somos capazes de fazer.
E eu, hoje, tenho um texto numa daquelas paredes de Exposição.
Hoje sou exposta a olho descaracterizado.
Nua, numa dessas praças tão públicas.
Ora bolas, da pura esta loucura..

posted by SCS
setembro 30, 2006

0 bilhetinhos

Abri muito a Boca. Incrédula.

29.9.06


Foi o primeiro e-mail que recebi a 28 Setembro!
Vale o que Vale.
Mas senti que vou perceber que valia!


Previsão semanal, 25 de Setembro a 1 de Outubro de 2006.
por vera xavier
- Rei de Copas –


Neste mundo, nada é mais maleável e frágil como a água. Contudo, ninguém, por mais poderoso que seja, resiste à sua acção (corrosão, desgaste, choque de ondas), ou pode viver sem ela.
Não é bastante claro que a flexibilidade é bem mais eficaz que a rigidez?
Poucos agem de acordo com essa convicção, principalmente, nós virginianos, que nos prendemos a princípios rígidos como se fossem bóias de salvação….
Mas não são e muitas vezes, impedem-nos de sermos ousados, aventureiros e espontâneos… Sabe que as artroses, artrites e outras que tais, são fruto dessa postura tensa? Faz sentido, não faz?
Mergulhe fundo nos seus “princípios” e “verdades absolutas” e perceba se eles são aliados ou inimigos da sua felicidade.
Para quem anda a sentir o coração a bater de maneira diferente, lembre-se que, “não é com vinagre que se apanham moscas”.
Deixe a timidez em casa e vá lá, seduza, surpreenda e namore muito!

posted by SCS
setembro 29, 2006

0 bilhetinhos

Lâmpada de Bolso.

28.9.06



Lá está.


Percebo.

posted by SCS
setembro 28, 2006

0 bilhetinhos

Russa da Sorte.

27.9.06


LetrasJuntas.
Apertadas.
Encostadas.
Ora costas. Ora frente.
Sem intervalo.
Sem meio de dentes.

Eliminas a noção de limite.
Os corpos postos entre os olhos.
Estás perto.
Muito perto.
Ouço-te respirar.
Ouço-te vacilar.
Mordo-me no teu tempo.
Indeciso.
Incisivo.
Evasivo.

O corpo arremessado,
enviesado.
Calo.
Paro.

Porque esbarro no contorno limite da tua aura.
Sinto escrava isaura.
A sexta linha da pauta.


Testa.
Testa quanto quiseres.
Testa a finitude.
A inquietude.
O indizível.
O invisível.
Testa os textos e os seus pretextos.

Faz-me mal.
Manda-me embora.
Olha, prefere a outra.

Berra.
Pontapeia.
Esperneia.
Conheço tão bem essa teia..

Comanda tu o trote.
Eleva lá o porte.
Eu mereço a minha sorte..

Diz-me NÃO.
Ali no chão.
Sou eu quem te desafia:
entedia-me o tesão.

Duvida.
Duvida de tudo uma vez dito.
Inverte-me o ritmo.
Imobiliza-me o riso.
Ignora-me o grito.

Impõe-me freio.
Isso!
Para-me ali mesmo, a meio.

Nega-te ao trabalho
de pôr as minhas costas em arco.

Questiona.
Explora.
Olha, abandona!


E vamos descobrir quem mais mente
neste Expresso a Oriente.
Vamos apostar quem mais foge
da russa da sorte.
Vamos ver quem mais manipula
rio acima, até ao Tua.

posted by SCS
setembro 27, 2006

0 bilhetinhos

Segunda. 25.

26.9.06


Desejo para a Lâmpada de Aladino.
Eliminar do meu corpo a necessidade biológica de dormir.
Photopauso.
Adormeci.

posted by SCS
setembro 26, 2006

6 bilhetinhos

Louco é quem não entende a Minha Loucura.

24.9.06



O fim de semana está a pautar-se por um Estado Alerta Vermelho.
Um queridíssimo amigo e a sua mulher que adoro, admiro e pratico estão prestes a ser pais. Prestes ao nível do minuto.



Aliás, se não me engano o Tomaz está, no momento em que estou a escrever, a descobrir o caminho dele até isso de sentir o mundo na pele,
de lhe conhecer as caras,
as fadas
e as malas,
o cheiro das conversas de recreio,
de lhe sentir água e sal até ao canto da boca,
de saber ouvir aquilo que lhe toca,
os sentidos,
os bons sensos
e tantas sensações
que aqui tão bem já nós sabemos
poder sentir dentro.

Imagino quando perceber o que se sente a brincar aos policias e ladrões no meio de um bosque, ou o frenesim de qualquer primeiro beijo.
Ou quando se apegar a qualquer coisa que sabe ter de largar.
Ou quando perceber que um dia também terá de perder.
A vida não nos traz sem leva.

Sei que está cheio de medo.
Como tão bem podes calcular não falei com ele ainda, mas é qualquer coisa que
lhe sinto.
Num grito.
A noite foi de demora e de partilhas de outrora.
Conheço-lhe o pai há já uma História e ontem à noite, enquanto me sentei a seu lado à espera, relembrados da partilha, da ira e do que gira, senti pelo corpo o que com dezoito anos sentia.
Esperança.
Conceito do vulgar e do comum,
da gíria popular com cheiro a bacalhau e a atum!
A palavra é feia.
Demasiadamente gasta,
expressamente nefasta.
Mas não temos outra que explique isso
do zumbido desde o umbigo.
Esperança.
No que se renova.
Numa outra porta.
Nisso de fazer sentido.
Nisso de perder o tino.
Em experimentar. Em querer provar.
Em jamais desistir daquilo que te faz ir.

Conheço-lhe o medo.
Venho, afinal, pelo mesmo ermo.
Quando cheguei ao Sótão estava a amanhecer.
Fui até ao Vira Vento assegurar-lhe que por mais assustador que lhe possa parecer,
por mais intimidador que possa parecer isso de sofrer,
o que está para lá da porta
nos devolve em retorno cada hora.
Há uma vida para começar.
As vezes necessárias até acertar.
Não estará de todo sozinho e escrevo-me nesta carta que lhe darei para o caminho.

posted by SCS
setembro 24, 2006

2 bilhetinhos

Plim!

23.9.06


Tenho no meu colo pousado um bilhete de avião.
Estou parada a olhar. Lamento,
mas nem consigo acreditar.
TP Oitocentos e Quarenta.
E o meu nome em adenda.


No último jantar de 2005 estava em Salamanca e com um copo de tinto ali o brindei.
Ali me lancei.
Foi ali
que me prometi.



Tenho-lhe o registro no meu Caderno de Viagens.

Resoluções para 2006.
Registro fiel à ordem do seu aparecimento pelas ideias.

1. Moçambique.
Ir a Moçambique,
dançar descalça em Moçambique,
provar Moçambique,
querer, mergulhar e rasgar em Moçambique.
E Maria. Muita Maria. Só Maria. Toda a Maria.
Palpável. À distância do meu braço. De um merecido abraço.
As duas.
Finalmente, em Moçambique.



Hoje, ao balcão da TAP, encontrei uma daquelas mulheres que gosta muito do que faz. Género Monsaraz.

Além da imagem de marca e do marketing com que arca,
revelou-me, em magnetismo, a sua sábia arte sacra.
Sei que fiz uma amiga hoje.
Daquelas que só voltarei a ver se uma Promessa de Euro Milhões acontecer.
Confessou-me que a sua viagem de sonho a levava à Nova Zelândia com um ar de pura infância.

Eu não me cruzo nestas mulheres por acaso.
Eles dão-me sempre um seu pedaço.

A conversa que se gerou
e a cumplicidade com que a agarrou
acredita que me parou...
A energia que emanava,
a tranquilidade com que me olhava,
e aquele sorrir que libertava
representaram o colmatar de sucessivos testes à determinação da minha vontade de lá ir abraçar-te. Assim, com tanta arte!
Muitas foram as provações durante o ano.
Todas elas com direito a imperativo de opções.
Cedi na última, é verdade.
Mas tive a sorte de rodear-me daquele outro que sabe bem olhar-me. Encaminhar-me.

Hoje lá estava eu, de Ranita de la Suerte e Tom Sawyer, para me ajudarem na conquista do meu Condado.
Privilégio danado, mesmo ali de braço dado!

Sou agora proprietária de uma viagem de avião,
com direito a explosão
e a bolas de sabão!

Afinal o meu centro encontro sempre cá dentro.
E no cruzamento
- jamais desatento -
com esta gente que me entende,
valido sempre o meu alento.

posted by SCS
setembro 23, 2006

2 bilhetinhos

Dah Moment.

Na semana passada, e apenas na semana passada, descobri que Miguel Sousa Tavares era filho de quem era.

Quem tem isto como legado,

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

não poderá jamais permanecer castrado em mais um dos meus redutores fundamentalismos.

Agora sim, quero ler O Equador.
E peço ao círculo de pessoas mais chegadas, que eventualmente por aqui passem, o favor de me o emprestarem.

Este tenho de ler,
mas tem de estar usado.
Preciosismos!
Humm... e ainda antes de Maputo...

posted by SCS
setembro 23, 2006

2 bilhetinhos

To Play, or Not To Play!?

22.9.06


posted by SCS
setembro 22, 2006

0 bilhetinhos

Again, Sam.

Cheguei a casa e o Sótão estava frio.
Frio de procurar a minha manta azul
e as minhas meias preferidas,
todas coloridas.
Frio de um banho quente,
de uma luz amarela que te acalente.
Frio de me sentar num banco,
a ferver um litro de chá branco.
Frio de meia hora de uma Revista,
outra meia a cantarolar com a artista,
como se vivesse na epoca renascentista.

Peguei num Gigante e fui fumá-lo à janela do Vira Vento.
Virada a Norte.
Gira que gira e torna a girar.
Fala que fala sempre me fez calar...

Não há dia passado que me atormente,
ou dia futuro que me apoquente.
O céu está ali todo zangado, todo amuado.
Eu sorrio,
juro que sorrio às cores que vejo rodar.
Às nuvens que sinto passar.

No computador não ficou uma música,
um favorito, uma imagem.
Não tenho nada na reciclagem.

Assumo este meu porte.
Elevo o meu passo a trote.

Ora Simone, gosto muito da nossa sorte.
Gosto de como mordemos a colher,
gosto muito disso de ser Mulher.


Quand il me prend dans ses bras,
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose,
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose
Il est entré dans mon cœur,
Une part de bonheur
Dont je connais la cause,
C'est lui pour moi,
Moi pour lui
dans la vie
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon cœur qui bat.

posted by SCS
setembro 22, 2006

0 bilhetinhos

Nada como Formatar.

21.9.06



Hoje ao final da tarde conheci uma casa na Baixa Portuense que há muito admirava por fora e há pouco descobri conhecer quem lá vive dentro.

Pertence – e a palavra é ponderada – pertence a um amigo.
Um amigo recente, mas daqueles a quem me vejo ligar quando quero sair para ir brincar ou crescer com tantos passos a aprender.

Ser convidada a ver metade da conquista ou da intimidade das pessoas que vão cruzando palavras à nossa vida é um daqueles privilégios que não consigo ignorar.

O nível a que põe a cama
ou como pendura um quadro pela anca,
conferem à razão
instigadora bola de sabão.
Não fechando um espaço
ensina-te a libertar do cansaço.
Como não lembra se fechou a porta da garagem,
sinal da sua constante aprendizagem.

Percebi hoje que dificilmente chegamos a qualquer evolução humana sem isso de nos aprendermos nos outros. Somos bichos sociais e através da vida de outros bichos crescemos a nossa.
Não por uma comparação.
Mas por lógica ilação.

Andava por aqui perdida em tantos rodeios, em redondos bloqueios, capaz de voltar à mesma pergunta com o lamento da mesma resposta, quando o ovo que me servi à Colombo veio com uma mão que não permitiu a queda do meu ombro.
Percebi hoje que é nisso de me perguntar no outro que entendo,
que me revelo,
que me desprendo.
Sempre com um tigo que me ensino.
A ponte que me implico a construir até ao outro, lá na margem, é afinal a construção do meu cá dentro. Quanta aragem!
O caminho que fiz até lá chegar é um crime que guardo em segredo.
Mas o que nele me atrevi a pensar, foi o que me fez perder tanto medo.

Virtud: es aquella fuerza interior que permite al hombre tomar las decisiones correctas en las situaciones más adversas para tornarlas a su favor.

Vim para casa a saltitar.
Conheci mais uma pessoa que sabe o quer.
E que não desiste disso de o lutar.
Melhor,
que nada lhe compensará no lugar.

Sopra em tábua rasa aquilo que o ameaça.
Aprende todos os dias a usar a carapaça.
Faz da dúvida a sua fiel pergunta.
Espera que a resposta se eleve da derrota.
Tira a lição, género lousa na mão.
E não desiste jamais,
por mais que lhe doam os ai’s.

Voltas incansavelmente ao início e começas do zero as vezes que te aparecerem como necessárias para lá chegares.
Impera o desapego à lembrança de desassossego.

Entrei no Sótão e formatei o meu computador de anos..
Cartas a amigos, a amantes, a estranhos desconhecidos, a misteriosos errantes.
Textos em delírio, em crescimento. Mais os outros em auto lamento.
Aquilo que tenho para guardar de quem já vi passar, ficará certamente no seu justo lugar.
Acredito ter algures a cópia de um Conto que escrevi, mas nem a tal me sucumbi.
E foi como começar de novo. E de novo. Sempre outra vez, o novo.
A instalação de fábrica, as perguntas bárbaras, as definições sarcásticas.
E de novo.
Senti o que me pesa gravitar.
Aquilo que me agarra a uma de trás, que já não quero, foi apagado num botão.
Percebo o que se sente na mala de cartão.
E de novo.
O vira vento não para de girar com o que até aqui o tal Furacão faz chegar.
Ganhei imenso espaço na memória.
Abri mais um caminho ao meu Jogo da Glória.
E desta vez muito mais preparada, muito mais concentrada e muito, mas muito, mais requintada.
Vou pesquisar tudo o que lês.
Aprender tudo outra vez.
Vou tentar tudo de novo.
Sem um único socorro.

As vezes necessárias até lá chegar.
Até me arrepiar.
Até me conquistar.

E se não sabes do que estou a falar,
deves ter por aí um zero para começar.

Obrigada pela porta aberta e pela tua decisão certa.
Pela dica do jardim, pelo que sabes aprender em mim.
Pela explicação do fogão e pelo beijo na mão.

posted by SCS
setembro 21, 2006

0 bilhetinhos

Foto ao 19 de Setembro.

20.9.06



Clap à conversa de horas em que ontem me perdi com uma amiga.

Por isto,




Virtud: es aquella fuerza interior que permite al hombre tomar las decisiones correctas en las situaciones más adversas para tornarlas a su favor.

posted by SCS
setembro 20, 2006

0 bilhetinhos

Foto a 18, Setembro.

18.9.06



Sinto-me em Saudade.

Sinto muita saudade
disso de me escapar
e de me pensar
todas as noites
no vento que é virado
em cada texto

Sinto saudades de todos os teus pretextos.

posted by SCS
setembro 18, 2006

0 bilhetinhos

Não é minha. Não é tua. Mala Postal a Quem Apanhar.

17.9.06



Tenho na boca o travo da cigarrilha que contigo fumei enquanto bebíamos um porto em sabores e cores final desta tarde.
Dois, para falar em verdade.
Um deles bebia-te pelos olhos, pelo nariz e por outro qualquer poro da tua pele que estivesse apto a recebê-lo.
Ali, mesmo ali, depois do pencil do Rio.

Trocamos de alma por instantes
e depois sou eu e tu
outra vez
tão iguais como antes.

Terás um dia de perceber que a música em espanhol que nos cantaram marcou na memória essa coisa de ti, que te envolve e me vasculha. Foi nela que parei por dois momentos e voltei a perguntar-me à Simone. Baixinho. Murmurei-te cá dentro.

Achas que o teu Varela se assustava com esse génio estourado?
Ou com a forma rude, que assumes, quando te sacodes para cantar, te afirmar ou te lavar? E encolhia-se com a tua determinação? Encolhia-se nesse teu entusiasmo? Nos dedos que te apontaram em contra mão? Com aqueles que contigo amaram, que ainda jogam às bolas de sabão?

Gostarão eles da menina e da forte, Simone?
Gostarão eles da nossa sorte?

Saberão em algum momento que metade da força que o nosso corpo arrasta é colhida ali, em tráfego aéreo de energia mutável, inominável, porque nos levaram lá cima, porque nos abrigaram ali em cima e fecharam braços e mundo atrás nas nossas costas?
Tão inquietas, tão itinerantes, tão instáveis
e saberão eles
que são
portadores cativos desse único ângulo mágico
onde queremos adormecer?
Onde nos sentimos na vontade de permanecer?

Experimentei a invasão física da calma, Simone.
Senti a entrar-me.
A sistematizar-me.
A levar-me.
Como se fosse desenho animado tridimensional e me tivessem escorrido até caminhos subterrâneos de mundo paralelo. Numa dança que nos respira até ao fundo. Sub mundo de renovação em que te limpas ao mergulhar
no mar.
No ar.
Sem arfar.
Senti o efeito da gravidade.
Mas a largar-me.

E tenho vontade de correr até Lisboa e de me encolher no Chá e no Colo de quem sabe do que falo. Corria atrás do teu ensinamento. Ensinas-me a não lhe minar a calma com este feitio tão estourado? Tão amuado.. Ensinas-me a curar-lhe o peito dilacerado? A eleva-lo de um passado tão amedrontado? Ajudas-me a instiga-lo? A liberta-lo? A acredita-lo?

Depois do Porto fiz a costa de Gaia, carro a 30km/h.
O céu condensava nuvens seguidinhas, brancas, lindas!
O sol só acertava em cheio num cargueiro
que parecia parado em alto mar.
Música que te deixa pensar.
Companhia que te deixa calar.

Desta vez, Simone existe tão mais lá da dor.
Troquei a minha alma com a dele.
Em tantos bocadinhos.
E estourou dentro como estalinhos de guloseima mágica que derretemos na boca de garota.
Ensina-me a deitar-lhe a porta abaixo.
A querer-me por baixo.

Como se faz isso de ser Mulher sem que nos amem tão a medo?
Como nos pomos a girar na ponta de um só dedo?

posted by SCS
setembro 17, 2006

2 bilhetinhos

Photografo com Flash o 15 em Setembro.

15.9.06




"Estava à espera de ler, hoje pela manhã, a carta para a Simone...!!!

pc continua avariado?? disponibilizo pc lá de casa, claro!"


Estou num quarto que daqui a uns meses vai estar cheio de silêncios e sonoridades de bebe.
De vida que já se agita dentro da barriga.
Tenho a cabeça de um cão,
enorme e preto,
deitada na minha perna esquerda
como quem pede mimo, companhia e acalento.
Falas lentas, festas, sentir-se parte dentro.
Lume lento.
Sinto que existe aqui um espaço a que pertenço.

Estou num círculo fechado de privilégios.
Fiz um chá preto. Folhas do Sri Lanka.
Ouço música que não é minha. Preciosa descontextualização.

O mundo dos afectos é, na minha vida fora da escrita, atalho rude que aprendo ainda a usar.
A caminhar.
Encurta distância até isso que é do outro. Um lugar que disputo com a de mim que tende a abandonar.

Hoje não é nessa que me colho. Que me olho.
Gosto muito do âmbito conceptual da envolvência e da sua tão característica demência. Gosto muito disso que mordo na permanência. A essência.

Não faço ideia se conseguirei trabalhar algum dos textos que acumulei durante a semana porque me sinto suspensa nesta ideia de generosidade das pessoas que tenho tão perto na vida. Assim, repartida.

A elas, a essas e às outras.. a todas mesmas mais aquelas que se acumulam, que nos procuram e que me vasculham, enrolo vénia. Pelo espelho em que me deleito, por essa porta que me ancora, pelo meio do que me leio.

posted by SCS
setembro 15, 2006

0 bilhetinhos

Order Commander - Gosto Disto -

14.9.06


Andorinha Sinhá, além de bela, era um pouco louca.
Louquinha, fica-lhe melhor.
Apesar de ainda frequentar a escola dos pássaros – onde o Papagaio ditava a cátedra de religião – tão jovem que os respeitáveis pais não a deixavam sair à noite sozinha com os seus admiradores, já era metida a independente, orgulhando-se de manter boas relações com toda a gente do parque.
Amiga das flores e das árvores, dos patos e das galinhas, dos cães e das pedras, dos pombos e do lago. Com todos ela conversava, um arzinho suficiente, sem se dar conta das paixões que ia espalhando ao seu passar.

posted by SCS
setembro 14, 2006

0 bilhetinhos

To Play, or Not To Play..!?

13.9.06


Se não me acabou de acontecer ISTO aqui na Escolinha...

posted by SCS
setembro 13, 2006

0 bilhetinhos

Photo ao dia 11, em Setembro.

12.9.06



Ao monitor preto a letras brancas de MS DOS.
A dizer-me que não tenho sistema.

A imagem que guardo do meu dia é essa.
E à impossibilidade de entregar a carta que escrevi à Simone de Oliveira.

posted by SCS
setembro 12, 2006

0 bilhetinhos

To Play, or Not To Play..!?

11.9.06


E agora... todos juntos!!


posted by SCS
setembro 11, 2006

4 bilhetinhos

Vou Ali e Já Venho.

8.9.06



A dança pode resolver qualquer problema no mundo.

Senhor James Brown,

peço a sua licença.

Vou ali festejar os meus Trinta e já venho..


Post it.


- Pintar as unhas dos pés de castanho;
- Caderno e a caneta nova;
- Estender a roupa antes de sair de casa;
- Deixar água no frigorífico; Ou Coca Cola Light;
- Descansar.
- Esquecer-me em (a)braços amigos;
- Dançar.
- Fazer um disparate;
- Não ligar o computador até Domingo à Noitinha;
- Ou dois..;
- Fixar cada pormenor das caras aproximadas;
- Emocionar-me;
- Perce(v)er a minha história aos pedaços;
- Não voltar a casa sem ser beijada!!!
- Virar Ventos em saias rodadas.

posted by SCS
setembro 08, 2006

8 bilhetinhos

Photografo, assim, o 7 de Setembro.


Não existem duas formas de assumir aspectos que carregamos connosco, assuntos que acordam a nossa atenção, ou a direcionam numa virada de pescoço.
Pessoalmente, não resisto a uma história de amor.

Uma das aprendizagens que colho nos trinta é esta,
a de não fugir aquilo que é meu,
que fala por mim.


Viro-me a Norte com a preguiça
de uma manhã que faz arrastar saliva entre os lábios,
com um Soneto de Século Ido,
ou com um Solar de namoradeiras em granito.

E fascina-me isso do que se faz em prol de um amor que dizemos sentir,
ou que achamos querer.
Como se andassemos meio perdidas a ousar espreitar todos os caminhos apontados, só para termos a certeza que não nos escapa A Possibilidade.
Para o garantirmos à nossa consciência, ou à nossa displicência.
E entramos mesmo em relações desenfreadas, daquelas a que ainda hoje encontramos cacos. Só porque tínhamos a certeza que, quando o amor nos virasse a cabeça para o vento de norte, haveria de ter aquela forma.
Aquela garantida forma.

Até lhe fazia um enquadramento sociológico, de atribuições conceptuais à forma de vida, de enlaces e de relacionamentos interpessoais.
Mas, hoje não..
Hoje não é dia para tais teorizações.
Entediantes pergaminhos!

Quando olhamos para trás, em ponderado rescaldo, percebemos que a única garantia que poderemos ter é a da dúvida.
Garantiram-me hoje que vou duvidar todos os dias.


Estive com a Matriarca de uma história de amor que sigo actos desde há oito anos.
Mãe de uma daquelas mulheres que na vida guardamos nos dedos de uma mão.
Centrada. Corajosa. E muito elegante.
Percebo melhor onde foi a filha roubar o charme..

Fez da passagem por três continentes a criação da sua própria comunidade.
Sei que vive a vida como ela lhe grita no peito, que o seu norte está no continente a sul e que qualquer provação que a tenha afastado das crias e dos ecos será ultrapassada.
Pelo meio de tantos sei’s, certezas e saberes, percebi que a única força que a vai conduzir de novo ao seu rumo é a consciência do espaço que ocupa o não garantido.
Aprendizagem que guardo no peito em jeito de vento virado.

Muito obrigado pelos momentos de cozinha hoje partilhados,
pela forma como me garantiu que a sua filha está,
agora,
a salvo de amores desenfreados
que perseguimos, por outros três continentes,
porque na vida queremos
apenas
descobrir um nosso como o seu.

posted by SCS
setembro 08, 2006

0 bilhetinhos

Recuerdos de Noches de Verano.

6.9.06




Eu gosto do Porto reflectido nessas páginas, burguês e romântico,
desafiador e cordato,
ligado às coisas essenciais mas atrevido,
cheio de bairros e casos.
Sabem ao que me refiro – sobretudo ao atrevimento.



Tem hipóteses de logo à noite ir colar cartazes? Diga-me.

Cala-te e ouve.
Tens de ter consciência que és uma mulher
que faz tudo aquilo que quer.

Descobrirão, a seu tempo, que correr pela Avenida da Conduta à tardinha, a essa hora dos mágicos cansaços, pode ser o leve sustentável que Kundera nunca encontrou.

Pixies. Faltas aqui tu.


Ainda bem que te vi encostado à parede. Ainda bem que me sorriste. Ainda bem falavas a olhar para a minha boca e ainda bem que, num estranho espaço de tempo, a cheiraste, como quem chicoteia querer.

E vai ser, mais uma vez, esta a água que vou ter de beber!!!

Vai já chamar a tua filha!!!


Só para dizer que ainda estou vivo e que acredito que será sempre mais forte
aquilo que nos une do que aquilo que nos separa.

Para nunca duvidarem que o que ali encontraram é a alavanca de inesgotável força que os fará pessoas mais felizes.
Um lugar do vulgar e do comum, mas que dá muito jeito.
Pessoas mais felizes.

Resumindo, isto são os 15% que precisam ser trabalhados no teu Conto.
85% estão conseguidos. Conseguidos.

E saudades dos teus Jean Marc Fleury e da tua tranquilidade.


Hoje gostei tanto de te ver subir a rua..

Mulheres bem comportadas não ficam na História.

Mas fica prometido... como o Farol.


Desculpa, hoje não posso. Vou para casa. Escrever.

Contamos ir à Apúlia matar saudades da nossa amiga e, claro está, comer uma grande sardinhada.


Espero que este dia seja de grande transformação.
Que vai ser. Depois falamos.

Tens o teu palácio dentro de mim.

From Jamaica to the World.

Se me dedicasse à tamanha provocação de materializar o que dança hoje no meu corpo, não iria muito mais longe do que um estado permanente de dizer-te cantando a toda a gente.

Eu sei o teu nome.

Camarada, a pensar em ti mesmo agora.

Admiramos o mundo através do que amamos.


Vê a Lua.

Seamos realistas, exijamos lo imposibile.

Ya, Titi. Bué.

posted by SCS
setembro 06, 2006

0 bilhetinhos

Dia de Photo..


Ao meu Fabuloso Destino!

posted by SCS
setembro 06, 2006

0 bilhetinhos

Louco é quem não entende a Minha Loucura.

5.9.06


Gostava de fazer um break point à minha vida e dar uma saltada ao Arthur Ashe para, daqui a três horitas, fazer de Apanha Bolas no U.S. Open!

Pautar-me apenas por rapidez, agilidade e discrição, para sentir a minha boca fugir para cima com um Ace do Federer!
Ali, da Net!!!

É para mim fundamental poder ver a vida de perto,
de um lugar onde ninguém repare que exista vida.

Diz lá..
Também querias que eu fosse, não querias..!?

Até porque se existe actividade desportiva onde se percebe à transparência o feitio de um homem, essa actividade é mesmo o Ténis!
Inseguro ou obstinado,
em Approach limpo ou em Challenger sujo,
com uma grande esquerda ou homem para bola chapada!
Transparentes que ficam eles... na Vantagem, pelo menos!

E tudo visto dali..
onde podes ser o primeiro a denunciar a dupla falta,
ou o dobro da falta que te faz.
Set Point: jogas ou não jogas?

posted by SCS
setembro 05, 2006

0 bilhetinhos

To Play, or Not To Play..!?

4.9.06


posted by SCS
setembro 04, 2006

2 bilhetinhos

Again, Sam.

Recolhi ao ninho e o sótão estava quente.
Continua, de resto, quente.
Quente de desejar uma ventoinha no tecto

como a imagino num quarto de hotel de paredes ocre
com um sambinha a sublevar-se no corredor.

Aquele quente de noite,
que até nem aflige assim tanto porque é sinal
de quente de Verão,
de vento de Verão,
de chuvas de Verão.

Acendi Gigante à janela e o céu misturava todas as cores de Ipanema. Todas.

O Vira Vento roda, desarmado, a dissolver o dia que se rasgou.
O dia que lhe deixei para pensar.
E lá vem um ar cheio de tempo que entra e nos toca a pele.

Sorrimos,
meio enternecidos com as respostas que um acaso nos trouxe na rede.
E é aqui que as deixamos.
Com vénia, hoje enrolada em onda!
Obrigada, Anais.


Nada do que foi será..
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa,
tudo sempre passará..
A vida vem em ondas,
como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
agora
Há tanta vida lá fora..
Aqui dentro?
sempre!
Como uma onda no mar..

posted by SCS
setembro 04, 2006

0 bilhetinhos

Mala Postal a Anais Nin, escritora.

Hoje agarrei-me ao corpo porque me lembrei que daqui a um mês
estou a entrar num avião que me vai levar
a Maputo.

E deixou-me assim, parada, a olhar.
Parada,
como estou agora,
a olhar.

Vou sozinha.
Tenho lá uma amiga queridíssima, a quem guardo escandalosa saudade, daquelas que sei hoje só fazermos numa determinada fase da vida, mas saio daqui sozinha, como saio para todo o lado.
Sozinha. E não entendo que leitura poderás fazer aos meus dias por esta aldeia que recusa globalizar tantos dos seus recantos.

Agarrei-me ao corpo porque tenho dias em que me sinto na tua pele. Alienada.
Sofres de uma pigmente dualidade.
És tu ou a outra.
A mesma que se tenta em tantos lados quantos apontados.
Que volta a ti cheia de novos pedaços.
Estardalhaços.
Identificas, pelo menos, duas mulheres dentro de ti.
Uma que vai,
sem olhar para trás num único aceno.
Outra que leva sempre consigo,
amarrado na garganta e na anca,
o passo que a fez andar.
Para ser franca, que a fez querer ir.

E fico nesta tua demência, sem saber qual a mulher que preciso mais que vá, que se implique nisso de ir. Qual delas precisas de trazer renovada de horizonte africano.
E a noção foi clara, hoje.
Vais a África.
Não conheço ninguém que voltasse em ausência de África para aquele mesmo registo quotidiano.

E agora és tu quem lá vai ver, lamber e crescer.
Não posso ter pretensões que volto
para qualquer uma delas.
Afinal é de África que estamos a falar!
E de ti,
que quando mudas perdes noção terrena de tempo
e já não és tu outra vez.
Andas sempre nisso, de mudar. Até o paladar tu mudas. Aqueles que te arrepiaram a língua um dia, estão hoje fotografados em sépia de parede de uma casa que tiveste anos atrás.

A pergunta que berro aqui, à tua demência, ou à minha, espero que o vento me a responda em pressa de desafio.
Com tantas outras experimentadas dentro de ti, como posso só eu saber-te uma das mulheres mais solitárias em que parei olhos? Saberá quem te lê do que falamos? Ou medimos frases como não quero morrer de ti a conta gotas de paixões e entusiasmos? Que vidas nos passam assim tão despercebidas? Como será possível tudo isto onde nos fervemos passar tão despercebido nos peitos nus em que os vemos?

Absurda pretensão a minha.
Eu conheço a minha vida. A minha demência.
Conheço apenas a minha. E bicho de mato te leio.

Não me digas nada,
vejo que me entendes,
mas tenho receio dessa compreensão,
tenho medo de encontrar alguém semelhante a mim
e ao mesmo tempo
desejo-o.
Sinto-me tão definitivamente só,
mas tenho tanto medo que o isolamento seja violado
e eu não seja mais o cérebro e a lei do meu universo.
Sinto-me no grande terror do teu entendimento,
meio por que penetras no meu mundo;
e que,
sem véus,
tenha então que partilhar o meu reino.

Lembras de escrever isto?
Lembras de o ter sentido?
Eu lembro-me da cadeira onde estava sentada quando o li pela primeira vez.
Leio qualquer um de pé.
E voltei a sentar-me hoje, para procurar
no teu livro, roto e rasurado,
aquilo que um dia me tinhas dito.
A minha ingenuidade prevalece, porém.
Não te esqueças que hoje é domingo,
não contes a ninguém.
Não direi mais nada.
Até porque vejo que, para meu pânico, me entendes tão bem..

posted by SCS
setembro 04, 2006

0 bilhetinhos

O meu 2 de Setembro.

3.9.06


Chegas ao sótão, quatro da manhã e deitas-te por cima de tudo que está na cama.
Pões um som, ao fundo.
Geras um humor.
Pensas no teu dia.
Baixinho, mas cheio de sensações.
De tesões.

Revês as imagens que te ficaram das horas que foram virando o tempo.
Guardas na memória, como um álbum que recordas e comentas com

éramos tão felizes nessa época.

Os painéis do Museu do Vinho do Porto têm dois lados.
Um, em Português e Inglês.
Outro, em braile.

A imagem do teu queixo a tremer.

A Arrábida vai ser sempre uma Ponte de futuro. Intemporal.
Essencialmente quando, deitado no muro de pedra, lhe vês a barriga.

A curva que une o pescoço a esse ombro.

O Anjo que passeia alegre ajoelha-se a rezar por ti,
pelo teu peito sem freio,
ou pela luz de dia já a rezar que queres guardar da Cidade.
Dentro.

Trazer para dentro essa luz onde todos os segredos nos libertam.

Digo ananás. Pões-lhe canela.
Penso mata. Já esfolaste.
A tranquilidade onde me levas, onde me trazes, onde me gostas.

E sentas-te, ali, ali mesmo ao lado, no banco que se serve em fatias de madeira e de sonhos. (do Latim, Somniu; s. m., conjunto de ideias e imagens mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito)

A foto ao dia?
Aos meus pés de pulseiras e unhas vermelhas
mesmo ali,
cruzados no fundo da cama
a marcarem ritmo
de quem chama por ti.
Hey.
Been trying to meet you.
Hey.
Must be a devil,
between us.
Or whores in my head,
Whores at my door,
Whores in my bed,
But hey.
Where
have you
been?
If you go I will surely die.
Were chained..
Uh. said the man to the lady.
Uh. said the lady to the man,
she adored,
and the whores like a choir,
go uh all night!
And Mary aint you tired of this
Uh?
Is
The
Sound
That the mother makes when the baby breaks!
Were chained..

posted by SCS
setembro 03, 2006

0 bilhetinhos

1.9.06



Gosto do jeito que levo à anca

quando estou a fazer uma rua plana em direcção a ti.

Poucas músicas entram nesse espaço.
Ou então entram muitas.
Mas nunca induzem humor, só sistematizam sentido.
És a festa. E o hino.
Anca solta pela rua, sem pudor ou desafio.

Nesse espaço de mulher não me lembro do que tenho por conhecer,
só daquilo que foi dito.
Repetido.
Estremecido.

Hoje levo-me num ar sigiloso.

De quem sabe e não conta.
A ninguém.
Disfarço a anca, prendo-a na garganta.

És um segredinho.
Que embrulho pequenino.
Para não te perder tino.

posted by SCS
setembro 01, 2006

2 bilhetinhos