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Abri muito a Boca. (In)Crédula.

11.8.06



Uma amiga envolta em relatos de férias, alentejadas a quente e a lento, afirma ‘falamos em ti’.
O resto da história conto-a como me lembro,
ou pelo menos, como a senti.


Pelos vistos em Monsaraz existe um homem que todas as noites lava, se não me engano o termo era esfrega, as calçadas da rua.
As dele.
E as dos outros.

São para mim fascinantes noções de prazer, brio e motivação no trabalho. Dependo delas, de resto, para conseguir trabalhar. O âmbito conceptual do trabalho não permite nunca dissociar-se disso que damos de nós à comunidade onde vivemos.
Em entrega, em brio e em motivação.

E se existe alguém que faz do trabalho, que aposto que é daqueles que não é remunerado, mimar o seu quintal, o dos outros e de quem passa questiono quão pouco cuidamos nós, afinal, do nosso país.


Há coisa de um mês os Lixeiros aqui na terra fizeram greve.


Estavam a ser alvo de corte orçamental porque alguém se lembrou do conceito de horas extraordinárias.

A greve foi justa, segundo soube só deixaram de extraordinar.
Cidade dormitório e de terreno baratucho é um mimo para o empreendimento! A quantidade de prédios que vi levantarem-se, apenas nestes últimos anos, mudou completamente a imagem que tenho de menina dos pinhais e dos caminhos de fruta roubada.

O lixo acumulou.
Nas ruas, nos gatos e nos sapatos.
Apenas pelo conceito extraordinário que faz, vá!, comichão.

Ou eu vivo definitivamente numa realidade paralela, ou existe aqui uma quebra profunda de comunicação.

Temos mesmo de ser extraordinários quando trabalhamos para a nossa comunidade.
Um vez que deixamos a troca directa algures antes de Camelot e que criamos um sistema organizativo, não entra nas minhas mais insistentes buscas explicativas pró-economicistas isso da escravidão.

O meu instinto foi ir a Monsaraz.
Não minto.
Mais do que escrever uma história sobre esse homem acho que preciso de o conhecer.
Para o acreditar.
E para que se transforme em mais uma dessas entidades que vê, em tranquila clarividência, o meu labirinto. Mas de cima.

Nesta minha realidade paralela o salário dele é igual ao meu.

Conhecem Monsaraz?
Conhecem-lhe as calçadas?
São limpas,
todas as noites,
numa dança a um só corpo.
Que se repete,
e renova,
e reinventa
em esquemas mentais de brio e génio
para conferir a esta nossa casita
o ar que tanto gostamos de lhe gabar.

posted by SCS
agosto 11, 2006