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Clap da Manual a 25 Agosto.

25.8.06



Uma vez contaram-me uma história sobre um senhor que saía para passear o cão e o periquito e hoje vi um!! Mesmo ali na Rua Formosa, a passar pela casa das guitarras e baterias.
Trela nos dois. Uma no pulso, outra no bolso da camisa. E um ar de ausência acompanhada que só tem quem passeia com alguém.

Achei admirável.
A relação que se encontra com bichos com quem não são precisas muitas palavras, ou então onde todas são permitidas, sempre foi assunto que me fascinou.

Essencialmente quando me lembro que
as palavras são pedras.
Que atrapalham, ou vinculam.
Que te esmagam ou encaminham.


Há qualquer coisa muito séria nisso das palavras que nos saem pela boca fora.
E, às vezes, são mesmo apenas palavras que nos saem pela boca fora.
Não são pedras de calçada, nem tão pouco pedras no charco. São palavras e, ao que parece, cospem muito mais do que dizem.

Olha, como estas, que cuspo aqui. Dou comigo ao jogar ao Jogo do Vale Tudo e a ver mais do que ilusão para lá do que se lê. Conheço os recantos da minha realidade paralela e tenho dias em que só ela me leva para um lugar do mágico e do nunca.

Hoje o dia é de pedra na janela.
Gosto muito de relações de palavras.
De bilhetes, de mensagens, de cartas.
Mas gostar, gostar, gosto daquelas que dizes mesmo aqui, sem trelas, a passear pelo meu ombro, ou pelo ritmo das minhas pernas.
Essas que te atrapalham, mas que vinculam ausência a todos os meus passeios.

posted by SCS
agosto 25, 2006

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

huambo (angola), 26 de agosto de 2006

cara amiga,
encontrei um cyber cafe na cidade mais baleada de luanda...com WIFI!! peguei no portatil,lembrei-me de ti!
resolvi fazer algo q ainda n tinha feito:ler um texto teu. como preguiçoso, li logo o q esta mais à mão, q é o mesmo q dizer, ao olhar. o primeiro.

de repente, veio a nostalgia das vezes sem conta q passamos juntos pela rua formosa, pela casa da musica...muitas delas a caminho do valentino.

nisto, pus-me a pensar: alguma vez eu pensaria, naqueles nossos convivios filosofais (ta relacionado com as tuas pedras), q ha data de hj estariamos como estamos?

bom, da minha parte não.

continua a escrever e vê lá se fazes um livro...quero um autografado:D

beijocas

angolas

26/8/06 19:57  
Anonymous Anónimo said...

Há catorze anos atrás pensávamos que as nossas latitudes estariam ao contrário. Eu em Angola, tu agarrado a este belo Portugal. Essa é a única diferença que nos reconheço.

Continuamos a beber dos nossos convívios filosofais, como tão bem o dizes. A manter a vida um do outro bem ali, debaixo de olho. E a guardar como única certeza que daqui a catorze anos saberemos a longitude que nos define, salva ou emancipa.
Pela parte que me cabe a mim, é quanto chega.
Faças o que fizeres, vais estar sempre aqui, bem e debaixo de olho.

Um dia vais perceber que não sei escrever livros, mas que não desisto disso de os escrever todos os dias.
E que a parte que guardo consecutivamente de ti é esta: estás em Angola, a passar por aquilo que só tu guardas dentro, a perspectivar a tua vida de longe e a prenderes-te num susto com o que ela te revela durante os sonos; nesse momento, abres o portátil para ler um texto meu.

Atenta.
Deixo-te uma chamada de atenção, no mais absoluto sentido da palavra: aqui fica o texto que devias ter lido.

Um bom regresso a casa, meu estimadíssimo amigo.

Ao chegar à Lota encontro uma das peixeiras que conheci no ano passado. Está de mãos nos rins a ver tudo o que mexe até à linha do horizonte. Está à espera de ver o marido. Ninguém com ela fala até o barco definir a primeira linha no mar.

Encolhe a cara atrás das rugas e fica ali, em murmúrios com a Nossa Senhora da Guia, à espera.

Há quarenta anos que o espera todos os dias pela manhã. Faça sol, chuva, calor, frio, nevoeiro ou tempestade. É o lugar dela no mundo, no extremo do alto da praia, a olhar para o mar até que o barco fique à distância da vista, do aceno que atira para o longe, sem resposta para mim perceptível, para ele.. incitadora.

Fiz a marginal pelo Castelo embalada por esta imagem em que a guardo e em que a revi este ano na certeza que não existe acto histórico, feito humano ou luta travada que não se encarem em prol da sobrevivência daqueles que amamos.

Muitos pensariam que o herói da minha história seria o marido, pescador, que enche o peito a cada dia de ninguém percebe bem com quê para entrar no mar e contar apenas com a sorte de voltar.

Mas a heroína que trago desta história é a sua mulher. Que, todos os dias, põe o peito na borda da água porque existe apenas um homem a quem segue o rasto, que a leva para dançar e de quem recebe qualquer prata encontrada depois da rebentação, depois da linha, depois do lá longe.

26/8/06 23:07  

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