O fim de semana está a pautar-se por um Estado Alerta Vermelho.
Um queridíssimo amigo e a sua mulher que adoro, admiro e pratico estão prestes a ser pais. Prestes ao nível do minuto.
Aliás, se não me engano o Tomaz está, no momento em que estou a escrever, a descobrir o caminho dele até isso de sentir o mundo na pele,
de lhe conhecer as caras,
as fadas
e as malas,
o cheiro das conversas de recreio,
de lhe sentir água e sal até ao canto da boca,
de saber ouvir aquilo que lhe toca,
os sentidos,
os bons sensos
e tantas sensações
que aqui tão bem já nós sabemos
poder sentir dentro.
Imagino quando perceber o que se sente a brincar aos policias e ladrões no meio de um bosque, ou o frenesim de qualquer primeiro beijo.
Ou quando se apegar a qualquer coisa que sabe ter de largar.
Ou quando perceber que um dia também terá de perder.
A vida não nos traz sem leva.
Sei que está cheio de medo.
Como tão bem podes calcular não falei com ele ainda, mas é qualquer coisa que
lhe sinto.
Num grito.
A noite foi de demora e de partilhas de outrora.
Conheço-lhe o pai há já uma História e ontem à noite, enquanto me sentei a seu lado à espera, relembrados da partilha, da ira e do que gira, senti pelo corpo o que com dezoito anos sentia.
Esperança.
Sei que está cheio de medo.
Como tão bem podes calcular não falei com ele ainda, mas é qualquer coisa que
lhe sinto.
Num grito.
A noite foi de demora e de partilhas de outrora.
Conheço-lhe o pai há já uma História e ontem à noite, enquanto me sentei a seu lado à espera, relembrados da partilha, da ira e do que gira, senti pelo corpo o que com dezoito anos sentia.
Esperança.
Conceito do vulgar e do comum,
da gíria popular com cheiro a bacalhau e a atum!
A palavra é feia.
Demasiadamente gasta,
expressamente nefasta.
Mas não temos outra que explique isso
do zumbido desde o umbigo.
Esperança.
No que se renova.
Numa outra porta.
Nisso de fazer sentido.
Nisso de perder o tino.
Em experimentar. Em querer provar.
Em jamais desistir daquilo que te faz ir.
Conheço-lhe o medo.
Venho, afinal, pelo mesmo ermo.
Quando cheguei ao Sótão estava a amanhecer.
Fui até ao Vira Vento assegurar-lhe que por mais assustador que lhe possa parecer,
No que se renova.
Numa outra porta.
Nisso de fazer sentido.
Nisso de perder o tino.
Em experimentar. Em querer provar.
Em jamais desistir daquilo que te faz ir.
Conheço-lhe o medo.
Venho, afinal, pelo mesmo ermo.
Quando cheguei ao Sótão estava a amanhecer.
Fui até ao Vira Vento assegurar-lhe que por mais assustador que lhe possa parecer,
por mais intimidador que possa parecer isso de sofrer,
o que está para lá da porta
nos devolve em retorno cada hora.
Há uma vida para começar.
As vezes necessárias até acertar.
Não estará de todo sozinho e escrevo-me nesta carta que lhe darei para o caminho.
Há uma vida para começar.
As vezes necessárias até acertar.
Não estará de todo sozinho e escrevo-me nesta carta que lhe darei para o caminho.
2 Comments:
exactamente ao contrário do que se diz por aí, os verdaddeiros amigos veêm-se nas HORAS BOAS! Estou tão feliz como se fosse eu a pisar novamente aquele chão, a abraçar outra vez AQUELA amiga, a respirar de novo todos os cheiros!
TOU FELIZ POR SERES TU!!
**
A mulher que em ti conheço sei que lá deixou um rasto que encontrarei sem grande dificuldade.
Como encontro nas vidas que por ti vejo passar,
nesta minha que não resisto contigo partilhar..
É qualquer coisa do teu arrastar..
Moçambique vincou-se nas nossas Histórias e de lá guardamos apenas luz, cheiro e ginga de mulheres notórias..
Estou muito feliz sim, porque estás naquela parte de mim.
Obrigada por esses teus mimos tão frontais e tão maternais..
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