Andorinha Sinhá, além de bela, era um pouco louca.
Louquinha, fica-lhe melhor.
Apesar de ainda frequentar a escola dos pássaros – onde o Papagaio ditava a cátedra de religião – tão jovem que os respeitáveis pais não a deixavam sair à noite sozinha com os seus admiradores, já era metida a independente, orgulhando-se de manter boas relações com toda a gente do parque.
Amiga das flores e das árvores, dos patos e das galinhas, dos cães e das pedras, dos pombos e do lago. Com todos ela conversava, um arzinho suficiente, sem se dar conta das paixões que ia espalhando ao seu passar.
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