Curiosa a vida e como ela nos aparece para ser vivida, não!?
Estava eu embalada, nessa minha corrente ingenuidade, a pensar que quando finalmente entrasse de férias desses empregos de sustentos abriria muito mais espaço para me escrever.
Ora bolas, redondamente enganada eu estava!!
Foram tantos os lugares a ver,
as conversas a ter,
as ruas a percorrer,
as tarefas a fazer, que escrever.. só recados!
Sinto-lhe falta, como depois de três directas se tem de uma cama.
Mas aquilo que aprendi nestes dois últimos dias que vivi, fez-me perceber que qualquer viagem tem de ser tacitamente conquistada.
Hoje de tarde roubei um sorriso a uma mulher loira e emperiquitada que me ofereceu no fim do braço o meu passaporte,
Sinto-lhe falta, como depois de três directas se tem de uma cama.
Mas aquilo que aprendi nestes dois últimos dias que vivi, fez-me perceber que qualquer viagem tem de ser tacitamente conquistada.
Hoje de tarde roubei um sorriso a uma mulher loira e emperiquitada que me ofereceu no fim do braço o meu passaporte,
a minha legalidade para sair daqui para fora.
Parei a olhar o bloco com cores de Baco e o meu nome assinado em determinado traço.
Parei a olhar o bloco com cores de Baco e o meu nome assinado em determinado traço.
Mesmo ao lado, contornos do descoberto Camões e do Pessoa de tantas multidões.
Quando levantei os olhos tinha, mais uma vez, uma mulher. Prostrada. Abriu a boca em esforço para me perguntar para onde ia.
Duas de letra pelo meio das formalidades de caneta quando me prendo num “Ui.. África!” como quem lembra algo que ainda a sustenta.
Mil alarmes accionados.
Levantou-se para se despedir, estendeu-me a mão e sorriu-me desejos de grande viagem. Abandonei o Governo Civil com o corpo a tremer,
arritmado.
Disparado.
A energia dos corpos com que esta viagem me cruza colide sempre neste ponto.
Na tranquila validação da grande viragem dos trinta.
Sei que um dia vou olhar para estes textos e que os meus olhos vão lembrar fui tão feliz aqui.
Levantou-se para se despedir, estendeu-me a mão e sorriu-me desejos de grande viagem. Abandonei o Governo Civil com o corpo a tremer,
arritmado.
Disparado.
A energia dos corpos com que esta viagem me cruza colide sempre neste ponto.
Na tranquila validação da grande viragem dos trinta.
Sei que um dia vou olhar para estes textos e que os meus olhos vão lembrar fui tão feliz aqui.
porque me atrevo.
Porque partilho,
Porque partilho,
porque o escrevo.
Porque me prendo e arrepio.
Porque me orgulho e me conquisto.
Porque a vida só faz sentido se for vivida.
Porque me orgulho e me conquisto.
Porque a vida só faz sentido se for vivida.
Com todos os riscos de pela ginga da anca ser sentida.
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