No lugar quadrangular de um dos paralelepípedos cinzentos e lisos que fazem o passeio estava um montinho de terra com um,
Sim, perfeito ao ponto de ser amarelo.
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Cerrei os olhos para ver o melhor porque me senti arrastada num estalo cuidado que se oferece a quem passa,
ou passa sem perceber por onde está a passar.
Haveria melhor resposta do Vira Vento a este meu desencantamento?
Seria alucinação na terra sem razão?
Ou seria o safado do acaso mais uma vez a dar-se em recado?
Até podia ser uma voz sarcástica ao Siza, uma homenagem ao Cesariny ou uma embalagem que não deixou a flor ganhar a sua raiz num qualquer quintal.
Eu parei.
Não encontrei na Física nenhuma explicação.
Nem tão pouco me perdi na sua inquietação.
Senti-me apanhada numa descontextualização sordidamente necessária.
Por vezes é mesmo o acaso dos caminhos que escolho - ou aqueles que gosto quando os percorro - que me levam a tropeçar no amor, que será perfeito, com todos os defeitos que considero necessários à sua sistematização.
De preferência colocado a meus pés, quando ando distraída, de nariz em cima, a caminho de uma qualquer avenida.
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