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Undergoing.

19.1.07


.
Puxo dois cigarros e fico a contemplar o vazio que assume a forma da minha sombra na parede.

Já estava deitada.
Para dizer a verdade, já estava deitada desde as nove da noite.
Deitei-me na esperança que acabasse.
Que passasse.
Que tudo assumisse a forma vazia da minha sombra na parede.

Não há droga que te salve.
Essencialmente quando já guardaste todas no fiel depósito do teu estômago.
Ou então não conheces químico que te iluda.
Que te distraia.
Que te cure.

Estás tu contigo e nem sequer te sentes numa daquelas horas de tomadas de grandes decisões.
Levantas-te.
Deitado nunca conseguiste questionar a tua vida.
Aliás, deitado só te consegues embrulhar em auto desculpabilizações que nunca te ensinaram a clarificar qualquer assunto dessa tal vida que todos insistem em pensar que é tua.

Não faria qualquer diferença se fosses Judas.
Ou qualquer um desses traidores que vincularam redondos protótipos à História da nossa Humanidade.
.
Dos nossos medos.
Das nossas moralidades.

Percebi que afinal não tenho força suficiente para mudar a vida de um único aluno na Escola onde trabalho.
Fui engolida por um sistema que não consigo combater e tenho hoje,
particularmente hoje,
muitas dúvidas do meu papel no crescimento de quem comigo cruza pés que deviam saltar ao elástico.

Na Escola onde trabalho é ensinada a vida como ela não é.
Daqui a trinta anos serão estes os dirigentes do crime e do castigo do nosso país.
Quanta responsabilidade..

O meu papel no seu cordato desenvolvimento não está a ser cumprido.
O meu ordenado não está nem sequer a ser merecido.

E estou na cama desde as nove da noite porque não encontro em mim estrutura, força ou agilidade para inverter um sistema humilha, desintegra e desrespeita o ser humano como ele nos aparece.
Desprotegido.
Desacreditado.
Desintegrado.

Eu!?
Depois do dia que hoje vivi?
Puxo dois cigarros e fico a contemplar o vazio que assume a forma da minha sombra na parede.

posted by SCS
janeiro 19, 2007