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Serviço Público.

18.3.08


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À direita, Camões no cunhal da Livraria Latina. Do outro lado da rua, na esquina de Santa Catarina com a 31 de Janeiro, a menina para quem Camões olha.
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O Camões da Latina, despeitado, a meter conversa com a figura feminina que se encontra na esquina oposta, do outro lado da Rua de Santa Catarina, é, imaginem, da autoria de alguém que, tendo formação de escultor, ficou conhecido como um dos pintores que melhor soube retratar o Porto, o aguarelista António Cruz.
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Deve-se a Henrique Perdigão, fundador da Latina em 1942, a substituição da figura de Mercúrio - companhia inadequada, na opinião do editor-livreiro - pela do nosso maior poeta, na fachada da livraria.
Este preciosismo, que acabou por constituir uma boa homenagem da cidade ao nosso maior poeta, não é de admirar se nos aproximarmos um pouco de Henrique Perdigão. Era um literato, decidido, inovador, pleno de iniciativa, que dedicou vinte anos da sua vida à elaboração do Dicionário Universal de Literatura, obra prestigiada tanto em Portugal como no Brasil, onde ficou conhecido como Dicionário Perdigão.
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Vós que, de olhos suaves e serenos,
Com justa causa a vida cativais,
E que os outros cuidados condenais
Por indevidos, baixos e pequenos;
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Se ainda do Amor domésticos venenos
Nunca provastes, quero que saibais
Que é tanto mais o amor despois que amais,
Quanto são mais as causas de ser menos.
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E não cuide ninguém que algum defeito,
Quando na cousa amada se apresenta,
Possa deminuir o amor perfeito;
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Antes o dobra mais; e se atormenta,
Pouco e pouco o desculpa o brando peito;
Que Amor com seus contrairos se acrescenta.
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Luís Vaz de Camões.

posted by SCS
março 18, 2008