aqui,
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julho 19, 2007
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Doze meses. Doze Post's.
11.7.07
Não só estava curiosa por os rever, como queria perceber se tinham o Incenso Coco Canela que, durante um ano, não encontrei em lado algum.
Lá estavam, com o tempo que passou.
O filho dormia ausente num colchão já para dois anos,
pragmaticamente encaixado no chão, ali ao lado da máquina registadora.
Os tesouros devem mantér-se no mesmo metro quadrado.
Por baixo da última caixinha Coco Canela espreitava o Santo António.
Trouxe as duas.
Pelo sim.
E pelo não.
Queimarei um pauzinho todos os dias.
Pelo menos até se esgotarem os desejos,
se lançarem os foguetes
e se apanharem todas as canas.
Será
sempre a subir
ao cimo de ti
só para te sentir.
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julho 11, 2007
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post-it na porta do congelador,
9.7.07
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julho 09, 2007
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Doze meses. Doze Post's.
8.7.07
Se todos os ciclos constroem um todo mutável,
este é o tempo
- que não dispenso -
para me trocar.
.
Largo desperdício o dos seres aflitos.
A ansiedade é afinal pata estanque castradora,
mediadora de redutores conflitos..
Prossigo.
.
.
Venha o tempo do Ano que inaugura o Canto.
Venha a linha do Equador posta ao contrário.
Venha outra roupa para o armário.
Venham olhos semi cerrados,
com tanta luz dilatados.
Venham os refrescos de café,
os passeios a pé.
Venha o burburinho da Possibilidade.
O eco da Casualidade.
Venha o mínimo indispensável à sustentabilidade.
Venha até a Saudade!
Venha o Equinócio.
Venha sem equacionar.
posted by SCS
julho 08, 2007
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Lâmpada de Bolso.
7.7.07
Um vácuo.
.
A mente eleva-te a um lugar de silêncio.
Os sons que se deixam ouvir são seleccionados numa frequência espaçada que te induz a acordar.
Descobres por ti, ou por ela, o ponto em que te sentes apto a bocejar.
A esticar-te pelo maxilar.
.
Sabes por experiência que qualquer perturbação abrupta deste espaço,
ou tempo – não sei -,
confinará ao teu dia sucessivas impaciências e perigosas intolerâncias.
.
Lanças-te, então,
ao capricho pioneiro.
Aprender-te pelo teu metabolismo.
E correr esse desmedido risco de o praticar,
de o respeitar.
De o ensinar.
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julho 07, 2007
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Maputo. Outubro, mas de 1964.
4.7.07
O tempo aqui passa as seis da manha.
Tenho o Sol a nascer na janela a minha frente.
Nao conheço conjugaçao de palavras que lhe definam a cor.
Tudo passou a pertencer a um mundo novo, que tenho de aprender a escrever.
Foram tantas as photografias que tirei ao meu dia que nao tive espaço, tempo ou intervalo mental para me sentar a tentar escreve.las.
Nao so todo o episodio que gerou o Arcebispo de Maputo,
Franciscano muito Assis,
sentado no aviao ao meu lado,
ou a minha chegada ao aeroporto
depois do meu nome na placa de uma mao,
ate ao virar de cabeça
que um homem a cantar Blues me arrastou.
Nao sei se pelas cores coloridas de preta assumida,
se pelo design familiar em que esta Cidade me aparece.
Ou pelo poro preto da pele,
pelas linhas de maxilar esculpidas,
se por um andar que marca sempre dois compassos de musica,
um arrastar,
um arquear..
Olha!, isto sim, um gingar...
De todos os cenarios televisivos de Africa em que tentam embalar a nossa consciencia
e em que me preparei para encontrar pelas ruas de Maputo,
nao tinha imaginaçao suficiente para perceber que aqui, o grande risco que corremos e de Gostar.
De querer ca dentro.
De dar contigo a gingar...
Percebi finalmente, e em dezassete horas com pes nesta terra, o que queria toda a gente dizer.me com tenho medo que nao voltes.
Percebi.
Mas só agora.
Hoje reconheço.lhe o privilegio.
Vi.lhe a magia.
Arquitectura de 64,
para mim de 2oo4.
Este caril.
Tudo contado a mil.
Vou finalmente tentar descansar,
so para ver se e mesmo aqui que, amanha, me vejo a acordar.
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julho 04, 2007
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Doze meses. Doze Post's.
3.7.07
Dia de Photo..
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julho 03, 2007
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mala postal a anna plácido, amante.
Rua do Almada acima.
encontro amigos que pensava ter perdido.
A ver-me a mim,
que passo
como eterna estrangeira na Cidade onde me procuro nas minhas infâncias.
para nela me sentar
a lamber-te fachada oitocentista.
Para perceber que energia arrasta a tua história.
Para sentir como te encolheste no Camilo,
ou nas certezas que te calaram quando te estouraram dentro.
Desses mesmo,
que nos mudam o humor, o calor e o pudor.
.
Às vezes acho que só o teu Camilo soube raptar mulheres em Portugal. Onde o viste, Anna? Pela calçada? Foi num baile, sei que foi num baile. Mas, o que lhe viste? Não era breve, ameno ou leve. Em quantos textos te leste logo pela manhã? Cheirou-te Anna, determinado. E tu? Contavas as mulheres que por ele foram abandonadas como quem passa círculos de eterno retorno a um terço? Rezavas a quem? Em que deuses te travavas, te perdoavas? Onde te deixou a tua fé? Quanto o amaste tu, Anna? Alguma vez soubeste?
Deixa.
Eu sei.
rua do almada abaixo,
com os meus dez dedos embrulhados
a torcer para que alguém abra de vez a arca
como o noé.
O corpo a ser puxado.
Levado.
Quase ido.
Ou partido.
Falei entusiasta a uma mesa de pequeno almoço de Sábado.
vê-la cair,
azulejo por azulejo,
na calçada onde me sento,
encolho
e te escrevo.
Desta vez, Anna, quero além da dor.
posted by SCS
julho 02, 2007
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Doze meses. Doze Post's.
1.7.07
.
Até à minha Varanda de vista longa e elevada sobre uma baía que o mar roubou a Portugal.
Não é mentira, estou aqui,
consegui cá chegar,
cá me perfazer,
cá querer crescer.
.
A sinergia de praia está instalada.
Fiquei ali, a olhar para ela e senti-me no meio de um dos contos de fadas
que me contavam em menina
em que os passarinhos vinham à nossa vida para dar laços em chapéus de aba
ou para anunciar a chegada de um grande amor.
Disse-lhe ‘está bem, venha ele!’
e fui logo ao fundo do saco do pão buscar migalhinhas para ela me saber sempre encontrar.
“Seamos realistas
a colidirem no negro noite de mar.
A Lua está irrepreensivelmente cheia.
Doce garantia esta de não o ter perdido,
posted by SCS
julho 01, 2007
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phree photo.
.
acabei de chegar a casa vinda de um dos Casamentos mais elegantes e despretensiosos que testemunhei - acto de consciência - até hoje.
Firme, tranquilo e sobejamente elegante.
Concretizado.
Género Príncipe que encantou.
afagá-lo como a um amigo doméstico a quem temos saudade.
Ao fundo a rolar um tube ponte por-mail, Sometimes I can reach, I can't reach your soul.
Em replay.
Tenho homens fantásticos na vida..
posted by SCS
julho 01, 2007
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